Monica An Ordinary Saint – Gillian Clark

Mônica: uma santa comum

Raramente os autores antigos escreviam sobre a vida das mulheres; ainda mais raramente escreveram sobre a vida de mulheres comuns: não rainhas ou heroínas que influenciaram a guerra ou política, não exemplos sensacionais de virtude ou vício, não mártires ou ascetas cristãos, mas mulheres de status moderado, que experimentaram alegrias e tristezas cotidianas e tinha méritos e falhas cotidianas. Tal mulher era Monica – agora Santa Monica por causa de seu relacionamento com seu filho Agostinho, que escreveu sobre ela nas Confissões e em outros lugares. Apesar de sua vida pouco notável, Santa Mônica inspirou uma forte controvérsia na academia, na Igreja e no público leitor de Agostinho: alguns concordam com Ambrósio, bispo de Milão, que conheceu Mônica, que Agostinho foi excepcionalmente abençoado por ter uma mãe assim , enquanto outros acham que Monica é um exemplo clássico da mãe manipuladora que vive através do filho, usando a religião para reprimir sua vida sexual e controlá-lo mesmo quando ele parece escapar. Em Monica: An Ordinary Saint, Gillian Clark reconcilia essas imagens concorrentes da vida e do legado de Monica, chegando a uma mulher que era astuta e empreendedora, mas também dócil e gentil. Pesando a discussão de Agostinho sobre sua mãe contra outras evidências da vida das mulheres no final da antiguidade, Clark consegue retratos tanto de Monica individualmente quanto de muitas mulheres como ela.

Agostinho não afirmava que sua mãe era uma santa, mas pensava que os desafios da vida cotidiana exigiam coragem e compromisso com os princípios cristãos. A vida normal de Monica, como ele e Clark contam, mostrava as duas coisas. Monica: An Ordinary Saint ilumina Monica, esposa e mãe, no contexto das expectativas sociais e encargos que a moldaram e todas as mulheres comuns.