Descrição
Meditações feitas pela prisão de Pádua
I- Meditação duma pessoa presa, condenada a prisão perpétua.
II- Meditação de dois pais a quem assassinaram uma filha.
III- Meditação duma pessoa presa.
IV- Meditação da mãe duma pessoa presa.
V_ Meditação duma pessoa presa.
VI- Meditação duma catequista da paróquia.
VII- Meditação duma pessoa presa.
VIII- Meditação da filha dum homem condenado a prisão perpétua.
IX- Meditação duma pessoa presa.
X- Meditação duma educadora penitenciária.
XI- Meditação dum sacerdote acusado e depois absolvido.
XII- Meditação de um juiz supervisor.
XIII- Meditação dum frade voluntário.
XIV- Meditação dum guarda penitenciário.
Introdução
As meditações da Via-Sacra deste ano são propostas pela capelania do Estabelecimento Prisional «Due Palazzi» de Pádua. Aceitando o convite do Papa Francisco, catorze pessoas meditaram sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, tornando-a atual nas suas vidas. Entre elas, há cinco pessoas presas, uma família vítima dum crime de homicídio, a filha dum homem condenado à pena de prisão perpétua, uma educadora de prisão, um juiz supervisor, a mãe duma pessoa presa, uma catequista, um frade voluntário, um agente da Polícia Penitenciária e um padre acusado e mais tarde absolvido definitivamente pela justiça depois de oito anos de processo ordinário.
Acompanhar Cristo pelo Caminho da Cruz, com a voz rouca das pessoas que povoam o mundo das prisões, é uma oportunidade de assistir ao duelo prodigioso entre a Vida e a Morte, descobrindo como os fios do bem, inevitavelmente, se entrelaçam com os fios do mal. Contemplar o Calvário por trás das grades é acreditar que uma vida inteira se pode decidir em poucos instantes, como aconteceu ao bom ladrão. Será suficiente encher de verdade tais momentos: o arrependimento pela falta cometida, a convicção de que a morte não é para sempre, a certeza de que Cristo é o inocente injustamente escarnecido. Tudo é possível a quem crê, porque mesmo na escuridão das prisões ressoa este anúncio cheio de esperança: «Nada é impossível a Deus» (Lc 1, 37). Se alguém lhe apertar a mão, o homem que foi capaz do crime mais horrendo poderá ser o protagonista da mais inesperada ressurreição. Certos de que, «mesmo quando narramos o mal, podemos aprender a deixar o espaço à redenção; podemos reconhecer, no meio do mal, também o dinamismo do bem e dar-lhe espaço» (Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações de 2020).
É assim que a Via Crucis se torna uma Via Lucis.
Embora os textos, reunidos pelo capelão Padre Marco Pozza e pela voluntária Tatiana Mario, estivessem escritos em primeira pessoa, decidiu-se não colocar o nome: quem participou nesta meditação quis emprestar a sua voz a todos aqueles que, no mundo, partilham a mesma condição. Nesta noite, no silêncio das prisões, a voz de um deseja tornar-se a voz de todos.
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