Descrição
Esta síntese de teologia tem por objetivo dar as razões dos principais conteúdos da fé católica sob a ótica do Mistério Pascal de Jesus Cristo realizado na plenitude do chronos (χρόνος) como manifestação do kairós (καιρός) e do eschaton (εσχατόν) de Deus. Os tratados teológicos estão dispostos seguindo o esquema cronológico da economia bíblico-salvífica, que manifesta os vários kairoi de Deus na história, isto é, as suas intervenções salvadoras: no princípio do tempo situa-se a obra da criação, que culmina na criação do homem, chamado desde o início para a salvação em Cristo (Antropologia Teológica); na plenitude do tempo Deus enviou ao mundo o seu Verbo eterno para comunicar definitivamente ao homem o seu desígnio de amor e salvação que deve ser acolhido na fé (Revelação e fé); a existência terrena do Filho de Deus tem os seus próprios kairoi, que culminam na “hora” decisiva da Páscoa, por meio da qual Ele realiza a redenção do gênero humano (Cristologia); com o envio do Espírito Santo, que atualiza nos crentes o Mistério Pascal de Cristo, o mundo entra nos “últimos tempos” (Pneumatologia); em Pentecostes, completa-se a revelação do mistério trinitário do qual o homem é convidado a participar (Trindade); com isso inicia-se o tempo da pregação apostólica, que será, sobretudo, uma mensagem pascal (Transmissão da Revelação); sobre os Doze, Cristo fundou a sua Igreja, novo povo de Deus, comunidade escatológica (Eclesiologia); a bem-aventurada Virgem é o ícone da Igreja, pois nela se cumpriram os desígnios de Deus para a humanidade (Mariologia); enquanto a Igreja peregrina aguarda a plena consumação escatológica, ela vive a economia sacramental, que atualiza no chronos a Páscoa de Cristo na vida de cada cristão (Sacramentologia); celebrado na fé este Mistério Pascal deve ser reproduzido na vida dos cristãos, através da prática das virtudes, da vivência do mandamento do amor nos relacionamentos pessoais e sociais e da promoção e defesa da vida (Teologia Moral); ao viver em comunhão de vida e de morte com a Páscoa de Cristo, o Eschaton do Pai, o cristão também comungará com Ele em sua ressurreição, já na sua morte, mas plenamente quando o chronos chegar ao seu termo no eschaton definitivo, a Parusia.
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